O colégio Santa Cruz suspendeu 34 alunos após ter acesso a mensagens do WhatsApp com manifestações racistas, homofóbicas e machistas. Para o educador Daniel Cara, é necessário enfrentar o problema pela raiz. Entenda! O colégio Santa Cruz, da Zona Oeste de São Paulo, anunciou, na última quinta-feira (30), a suspensão de 34 alunos por praticarem bullying. Em nota enviada à CRESCER, o colégio afirma que alguns foram suspensos por dois dias e outros por tempo indeterminado. Os episódios foram registrados em um grupo do WhatsApp com mais de 200 participantes. Mensagens divulgadas pela Folha de S.Paulo revelam que alunos mais velhos submetiam os calouros do Ensino Médio a uma espécie de “trote”. As conversas incluem até manifestações racistas, homofóbicas e machistas.
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O assunto deu o que falar nas redes sociais, com muitos internautas elogiando a postura da escola. No entanto, para o educador Daniel Cara, o problema não é apenas o bullying. “Pelo ocorrido, o bullying é tanto um método quanto um veículo do racismo, da misoginia, da homofobia e do elitismo”, diz em publicação no Instagram.
Segundo ele, é necessário fazer mais do que suspender. “Somente coibir o bullying não surtirá efeito em qualquer escola: é preciso enfrentar a raiz do problema e perseverar na educação em direitos humanos, dedicada à promoção da ética, da democracia e da justiça social”, destaca.
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Em nota enviada à CRESCER, o colégio afirma que o caso segue em investigação. “Recebemos denúncias de agressões em grupo de WhatsApp envolvendo alunos do Ensino Médio do colégio. Prontamente, iniciamos a apuração dos fatos e estamos tomando as medidas educacionais cabíveis e comunicando-as aos alunos e às famílias envolvidas. O Colégio Santa Cruz, instituição pautada pelo respeito ao ser humano, repudia qualquer forma de violência e lamenta profundamente que tais atos tenham ocorrido entre estudantes da escola”, diz.