18/02/2025

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França deve ter pasta enxuta e composta por técnicos, diz Afif, ex-ministro da Micro e Pequena Empresa, à CNN

Guilherme Afif, ex-ministro da Micro e Pequena Empresa, recomendou em entrevista à CNN que Márcio França tenha estrutura enxuta e composta por quadro técnicos no recém-recriado ministério.

Até a nomeação de França, Guilherme Afif havia sido o único ministro da Micro Empresa brasileiro. Atualmente ele é secretário de Projetos Estratégicos do governador Tarcísio de Freitas, em São Paulo.

“O Ministério tem que ser enxuto, para organizar a pauta da micro e pequena empresa, traçar a política para o setor. A execução da política normalmente é feita pelo Sebrae, que tem recursos para isso e não passa pelo Orçamento da República”, disse.

“Não deve inchar a máquina pública com o ministério, compor com quadros técnicos. Tem de ser uma pasta de formulação”, completou.

A presidenta Dilma Rousseff lança Programa Bem Mais Simples Brasil e o Sistema Nacional de Baixa Integrada de Empresas, em cerimônia no Palácio do Planalto (José Cruz/Agência Brasil) /

França passou à frente da recém-criada pasta no início deste mês. Ele deixou Portos e Aeroportos, que agora é comanda por Silvio Costa Filho. A troca é resultado de um acordo político entre partidos do Centrão e o Executivo.

Política à parte, Afif defende a importância de o Brasil ter um Ministério especialmente voltado à Micro e Pequena Empresa. “Fiquei muito satisfeito por ter sido o primeiro ministro da pasta, mas triste por ter sido o único. Aposto na importância da pasta”, disse.

A principal ação da pasta de Afif foi a ampliação de acesso ao Simples Nacional, sistema simplificado de tributos que unifica em um boleto único impostos federais, estaduais e municipais.

O projeto de lei articulado pela pasta beneficiou cerca de 450 mil micros e pequenas empresas de 142 atividades.

Afif no governo Dilma

Em março de 2013 Dilma criou a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, o 39º ministério de seu governo. A pasta durou menos de três anos, já que foi extinta em reforma administrativa e ministerial realizada em outubro de 2015.

O escolhido por Dilma para comandar a pasta Afif, que era quadro do PSD e havia sido no passado presidente do Sebrae, de 1990 a 1994. Ele voltaria ao comando da entidade após a extinção do Ministério, onde ficou até 2019.

Afif foi candidato do Partido Liberal (PL) na primeira eleição do Brasil pós-redemocratização, em 1989. Ele foi ainda secretário de José Serra e vice-governador de Geraldo Alckmin em São Paulo foi

Durante o governo Bolsonaro, Afif foi assessor especial de Paulo Guedes.

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